Arquivo de setembro 2009

Fotografia #04

Já se disse que ‘o analfabeto do futuro não será quem não sabe escrever, e sim quem não sabe fotografar’. Mas um fotógrafo que não sabe ler suas próprias imagens não é pior que um analfabeto?

BENJAMIN, Walter. Pequena História da Fotografia IN Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras Escolhidas, volume II. São Paulo: editora Brasiliense, 1993. Pg. 107

Fotografia #03

Eu gostaria de propor uma hipótese um tanto inusitada, que se refere de maneira ampla às relações entre fotografia e memória. A fotografia, embora constitua um vestígio real de alguma coisa que realmente existiu, não pode ser vista como imagem exata dessa coisa. (…) Seu modo de existência seria, portanto, assimilável ao da ilusão.

REVISTA IMAGENS. Editora da Unicamp. Número 3, dezembro de 1994. Pg. 103

Fotografia #02

“(…) apreender, deste modo, o fotográfico como uma categoria que não se limitaria aos únicos objetos-imagens, entender o fotográfico como uma definição possível de uma maneira de ser no mundo, como um estado do olhar e do pensamento”.

{Philippe Dubois}
[Le Regard Photographique de Roland Barthes, Paris, junho de 1992, pp 67-70]

Fotografia #01

(…) um aparelho que podia rapidamente gerar uma imagem do mundo visível, com um aspecto tão vivo e tão verídico como a própria natureza. (…) As pessoas não ousavam a princípio olhar por muito tempo as imagens por ele produzidas. A nitidez das fisionomias assustava, e tinha-se a impressão de que os pequenos rostos humanos que apareciam na imagem eram capazes de ver-nos, tão surpreendente era para todos a nitidez insólita dos primeiros daguerreótipos”.

BENJAMIN, Walter. Pequena História da Fotografia IN Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras Escolhidas, volume II. São Paulo: editora Brasiliense, 1993. Pg. 95

Justino, Filosofia e o Logos

      Justino, chamado mártir nasceu em Nablus, antiga Siquém na Samaria no início do segundo século. Filho de pais gentios, isto é, estrangeiros aos judeus, sofre seu martírio entre os anos 163 e 167 da era cristã. Justino elabora uma idéia original ao afirmar sobre a participação humana no Logos. Faz uso de uma expressão estóica:(logos semeador). Para Justino, Cristo (o Logos) de certa maneira está presente na constituição humana. Afirma que esta semente está presente em todos os homens e de maneira mais visível naqueles que se empenharam por viver a verdade e uma vida reta (moral) mesmo antes da encarnação do verbo.
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