Theoria – 10º Edição – Confira!

Parabéns!!!

No dia 11 de junho, o professor da Faculdade Católica de Pouso Alegre, Pe. Daniel Santini Rodrigues, defendeu sua dissertação de Mestrado, na Universidade São Francisco, campus de Itatiba (SP). A pesquisa tem como tema “A Filosofia no Ensino Médio: aspectos discursivos nos documentos oficiais”. A defesa ocorreu às 9h. A comunidade acadêmica da Faculdade Católica parabeniza o novo mestre.

A Dualidade Antigo x Moderno na História

O texto que segue é a resenha do capítulo do livro História e memória, intitulado Antigo/Moderno, de Jacques Le Goff, originalmente publicado em 1988 na França e lançado no Brasil em 1992. Le Goff estudou na Ecole Normale Supérieure e depois na Universidade Charle de Prague. Assistente da Faculté de Lille até 1959, foi nomeado pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em 1960. Em seguida, foi mestre-assistente da VI seção da École Pratique de Hautes Études. Como diretor de estudo na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Le Goff publicou trabalhos que renovaram a pesquisa histórica, sendo um dos fundadores da Nova História. Co-diretor da Escola dos Annales, o autor é um dos maiores medievalistas da atualidade, com dezenas de obras publicadas das quais se destacam O nascimento do Purgatório (1981), O imaginário medieval (1985) e Por uma outra Idade Média (1977). Em Antigo/Moderno, Le Goff procura reconstruir o dualismo que sempre existiu entre esses conceitos ao longo da história da humanidade, e como esses termos estão cercados de ambigüidades e mudanças de sentido que marcam cada época de forma nítida e que ajudam a construir a sua história.
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Sofistas e Discurso Pedagógico na Antiguidade

Segundo Jaeger, a educação formal dos sofistas tem início com Sófocles e o conceito de Paidéia, relacionado com a educação dos meninos. O autor coloca que a noção de areté sempre esteve intimamente relacionada com a questão educativa, sendo que esse conceito, assim como o de educação, sofreu mudanças no sentido de se buscar o melhor meio de se alcançar a areté. Essa noção é vista de modos diferentes conforme o modelo social que se considere: a polis ou a vida campesina. A nova sociedade urbana do tempo tem uma nova areté, mas, para formar o novo ideal de cidadão, foram obrigados a adotar ainda traços do regime antigo de formação. A nova areté não é mais baseada na noção de nobreza de sangue, mas pertence a todos considerados pelo Estado com pertencentes a uma certa estirpe: homens e cidadãos livres da raça ática.
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Por uma definição Antropológica de Cultura

Faz-se aqui a resenha do livro Cultura, um conceito antropológico, de Roque de Barros Laraia, já em sua 17ª edição pela Jorge Zahar Editor, de 2004. Graduado em História, pela UFMG, o autor possui especialização em Teoria e Pesquisa em Antropologia Social pela UFRJ, doutorado em Sociologia, pela USP, e pós-doutorado em Antropologia pela University of Sussex, da Inglaterra. Professor titular da Universidade Católica de Goiás e professor emérito da Universidade de Brasília, Roque Laraia é consultor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, membro do Conselho Nacional de Imigração, presidente interino da FUNAI, assessor da CAPES e do CNPq e consultor da Companhia Vale do Rio Doce. Autor de vários artigos e livros, Laraia é um dos maiores nomes nas áreas da Antropologia e Sociologia no Brasil.
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O Livro na Era Virtual

Faz-se aqui a resenha de uma palestra sua proferida por Umberto Eco na Biblioteca de Alexandria, no Egito. Umberto Eco é autor de numerosos livros, entre eles O Nome da Rosa, famoso clássico levado às telas tendo a participação de Sean Conorey.
Eco inicia seu discurso falando sobre os três tipos de memória: a orgânica, a mineral e a vegetal. Esta última é representada pelos livros impressos, sendo que as bibliotecas são o templo dessa memória. Colocando o espaço da biblioteca como que uma imitação da mente de Deus, que tudo sabe, Eco rebate a ideia de “morte dos livros” e das bibliotecas como museus.
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Sobre o Ateísmo Contemporâneo

        Em nossos dias, vemos a perda do valor da dignidade humana estampada – e até promovida – pela mídia. Ora, esse contexto, como um círculo vicioso, decorre do afastamento em relação ao divino e faz com que maior se faça essa distância. Há uma indiferença que anda lado a lado com a instrumentalização do sagrado: Deus é mercadoria. Isso tem colocado o ateísmo, em suas várias formas, como um fenômeno social de massas. Por seu lado, o pensamento religioso sério procura analisar o ateísmo buscando as suas causas e argumentos. Essa compreensão é fundamental para se dar uma resposta eficaz a esse modo de pensar sobre Deus e contrapor-se a ele, argumenta-se.
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Razão e Fé: Da Oposição à Complementação

        Há fundamento em se dissociar fé e razão? São elas características opostas ou complementares da compreensão humana? Questões sempre antigas e sempre atuais que provocam debates acalorados em todos os âmbitos da sociedade. Recentemente, o desenvolvimento alcançado pela biogenética e as tentativas de provar a existência de Deus em laboratórios, têm reacendido o debate sobre o tema em nível mundial. Em artigo de 2001, a revista Veja já informava sobre as tentativas de cientistas de romper as fronteiras entre fé e ciência:
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A Crítica à Cristandade em Nietzsche e Kierkegaard

VALLS, L. M. Álvaro. Sobre as críticas ao cristianismo e à cristandade em Nietzsche e em Kierkegaard. Síntese, Belo Horizonte, v. 34, n. 110, 2007, pág. 387-409.

        O texto que segue é a resenha crítica do artigo Sobre as críticas ao cristianismo e à cristandade em Nietzsche e em Kierkegaard, de Álvaro Valls, publicado na revista Síntese, em 2007. Álvaro L. M. Valls nasceu em Porto Alegre em 1947. Possui graduação em Filosofia na Faculdade Nossa Sra. Medianeira (1971) em São Paulo, Mestrado na Universitat Heidelberg (Alemanha, 1977) e doutorado na mesma universidade. Professor Adjunto aposentado de Filosofia da UFRGS, atualmente é professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: Kierkegaard, socratismo, filosofia dinamarquesa, ética, Nietzsche e ironia. Já publicou artigos sobre temas filosóficos e educacionais. Em seu texto, o autor fala dos pontos comuns entre as críticas que Nietzsche e Kierkegaard fazem à cristandade, afirmando que, por bases diferentes, ambos os filósofos condenam o que chamaram de falso cristianismo.
O século XIX foi o século das críticas à religião: herdeiros do Iluminismo, os autores desse período – notadamente Marx, Freud e Nietzsche – foram as raízes do niilismo do século XX. Contudo, menos conhecida, mas não menos áspera é a crítica do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard à prática religiosa comum em seu tempo e que, na sua visão, não correspondia aos ditames do Cristo. Segundo Valls, os irônicos ataques do filósofo à cristandade podem ser vistos até mesmo como mais ferozes do que os nietzschianos.
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