Arquivo de abril 2012

A Dualidade Antigo x Moderno na História

O texto que segue é a resenha do capítulo do livro História e memória, intitulado Antigo/Moderno, de Jacques Le Goff, originalmente publicado em 1988 na França e lançado no Brasil em 1992. Le Goff estudou na Ecole Normale Supérieure e depois na Universidade Charle de Prague. Assistente da Faculté de Lille até 1959, foi nomeado pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em 1960. Em seguida, foi mestre-assistente da VI seção da École Pratique de Hautes Études. Como diretor de estudo na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Le Goff publicou trabalhos que renovaram a pesquisa histórica, sendo um dos fundadores da Nova História. Co-diretor da Escola dos Annales, o autor é um dos maiores medievalistas da atualidade, com dezenas de obras publicadas das quais se destacam O nascimento do Purgatório (1981), O imaginário medieval (1985) e Por uma outra Idade Média (1977). Em Antigo/Moderno, Le Goff procura reconstruir o dualismo que sempre existiu entre esses conceitos ao longo da história da humanidade, e como esses termos estão cercados de ambigüidades e mudanças de sentido que marcam cada época de forma nítida e que ajudam a construir a sua história.
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Sofistas e Discurso Pedagógico na Antiguidade

Segundo Jaeger, a educação formal dos sofistas tem início com Sófocles e o conceito de Paidéia, relacionado com a educação dos meninos. O autor coloca que a noção de areté sempre esteve intimamente relacionada com a questão educativa, sendo que esse conceito, assim como o de educação, sofreu mudanças no sentido de se buscar o melhor meio de se alcançar a areté. Essa noção é vista de modos diferentes conforme o modelo social que se considere: a polis ou a vida campesina. A nova sociedade urbana do tempo tem uma nova areté, mas, para formar o novo ideal de cidadão, foram obrigados a adotar ainda traços do regime antigo de formação. A nova areté não é mais baseada na noção de nobreza de sangue, mas pertence a todos considerados pelo Estado com pertencentes a uma certa estirpe: homens e cidadãos livres da raça ática.
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Por uma definição Antropológica de Cultura

Faz-se aqui a resenha do livro Cultura, um conceito antropológico, de Roque de Barros Laraia, já em sua 17ª edição pela Jorge Zahar Editor, de 2004. Graduado em História, pela UFMG, o autor possui especialização em Teoria e Pesquisa em Antropologia Social pela UFRJ, doutorado em Sociologia, pela USP, e pós-doutorado em Antropologia pela University of Sussex, da Inglaterra. Professor titular da Universidade Católica de Goiás e professor emérito da Universidade de Brasília, Roque Laraia é consultor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, membro do Conselho Nacional de Imigração, presidente interino da FUNAI, assessor da CAPES e do CNPq e consultor da Companhia Vale do Rio Doce. Autor de vários artigos e livros, Laraia é um dos maiores nomes nas áreas da Antropologia e Sociologia no Brasil.
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O Livro na Era Virtual

Faz-se aqui a resenha de uma palestra sua proferida por Umberto Eco na Biblioteca de Alexandria, no Egito. Umberto Eco é autor de numerosos livros, entre eles O Nome da Rosa, famoso clássico levado às telas tendo a participação de Sean Conorey.
Eco inicia seu discurso falando sobre os três tipos de memória: a orgânica, a mineral e a vegetal. Esta última é representada pelos livros impressos, sendo que as bibliotecas são o templo dessa memória. Colocando o espaço da biblioteca como que uma imitação da mente de Deus, que tudo sabe, Eco rebate a ideia de “morte dos livros” e das bibliotecas como museus.
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