Arquivo de setembro 2008

Uma brevíssima história do tempo

     O tempo sempre foi um problema para os filósofos desde a antiguidade grega. É famosa a expressão de Santo Agostinho que dizia que todo mundo falava sobre o tempo, mas se alguém pedisse uma definição do que era o tempo, ninguém conseguia dá-la. A rigor, desenvolveram-se, ao longo da história da filosofia e das ciências, diversas concepções do tempo. Nesse sentido, poderíamos dizer que as diversas concepções de tempo da filosofia são elas próprias temporais, mutáveis e históricas.
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Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire
(Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997)

Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

É exatamente a vida, que aguçando nossa curiosidade, nos leva ao conhecimento; é o direito de todos à vida que nos faz solidários; é a opção pela vida que nos torna éticos.

{Paulo Freire}
Paulo Freire para Educadores, São Paulo/SP: Editora Arte & Ciência, 1998 – pg.11

Chamada 02

Chamada 01

O verdadeiro sábio

         O verdadeiro sábio é aquele que assim se dispõe que os acontecimentos exteriores o alterem minimamente. Para isso precisa couraçar-se cercando-se de realidades mais próximas de si do que os factos, e através das quais os factos, alterados para de acordo com elas, lhe chegam.

{Bernardo Soares – Livro do Desassossego}

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Sobre a Questão da Tolerância

       Na sociedade pós-moderna é evidente a manisfestação das diversidades, o que a caracteriza como uma sociedade pluralista. Isto consiste em o indivíduo ter o direito de externar a sua subjetividade. Claro que não é uma depreciação da intimidade, ou seja, da esfera particular de cada um e sim uma exaltação da liberdade, mais ainda do livre arbítrio.
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O conhecimento sensível

       Quando se diz que o mel é doce, não se pretende significar que ele percebe a doçura, mas que causa a sensação de doçura. A sensação, ao invés, é própria à alma: seria um erro misturar qualquer coisa de corpóreo à idéia do conhecimento sensível. A sensação de dor, por exemplo, é aparentemente experimentada pelo corpo; na realidade, porém, é a alma que sofre através do corpo.
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O novo realismo: a cor pura e o objeto

       Um exemplo: se componho um quadro utilizando como objeto um fragmento de casca de árvore, um fragmento de asa de borboleta, é provável que não se reconheça a casca de árvore, a asa de borboleta, e que se diga: que representa isto? É um quadro abstrato, não é um quadro figurativo.
       Aquilo a que se chama quadro abstrato é coisa que não existe. Não há quadros abstratos nem quadros concretos. Há quadros bons e quadros maus. Há quadros que nos comovem e quadros que nos deixam indiferentes.
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A filosofia no mundo

       Mas como se põe o mundo em relação com a filosofia? Há cátedras de filosofia nas universidades. Atualmente, representam uma posição embaraçosa. Por força da tradição, a filosofia é polidamente respeitada, mas, no fundo, objeto de desprezo. A opinião corrente é a de que a filosofia nada tem a dizer e carece de qualquer utilidade prática. É nomeada em público, mas – existirá realmente? Sua existência se prova, quando menos, pelas medidas de defesa a que dá lugar.
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