Era uma vez…
Uma pessoa que entrou em uma padaria e pediu:
Por favor, eu quero dois pãezinhos e duas roscas.
O atendente, outra pessoa, pergunta de volta:
-Mas você quer pão Frances ou de forma?
Responde o primeiro:
Tanto faz a minha bicicletinha é verde…

A primeira vista esta pequena introdução pode parecer ridícula, mas não são todas as cartas de amor ridículas?

A minha amada III Jornada de Filosofia – Filosofia e Literatura.

      Fugaz foi nosso amor, não que isso me cause tristeza, o adjetivando, nosso amor, por ter-te amado logo no primeiro encontro, mas compreender-te como tese, antítese e síntese ainda levarão algum tempo. Não que isso faça alguma diferença, a minha bicicletinha é verde, e combinou com todas as suas idéias.

      A suas vozes, suas imagens, suas palavras ficaram. Sempre tive uma grande queda pela multiplicidade e você soube como ninguém usar de todo este poder de sedução. Nosso amor foi transitório, e sabiamente não permitiu que eu esquecesse. Guardarei na memória, imagine-a como uma biblioteca catalogada. As suas vestes estarão em minhas lembranças, um pouco mais forte aquela em que você está escrita em um quadro negro, que eu vi verde. Embora a outra seja sugestiva para um jantar a dois. Quem sabe no cardápio arroz a grega,velas sobre a mesa e um livro de poesia…

      Minha amada, todas as noites sentei-me diante de ti, exceto uma, a morte acontecia mesmo estando nós vivendo o amor. Paradoxal. Porém religiosa que me é, disse-Morrer pode ser vida. Sua Filosofia trouxe conforto. Todo o dinamismo que vi em ti, compreendi como amor platônico e os nossos corpos não se buscaram. Isso não era importante, apesar de ter sempre a preocupação de ir vê-la na minha melhor “beca”, deve ser influência por ter consciência que estaria frente a gigantes.

      Amor, digo-te adeus, um pouco mais ambígua, um pouco mais metafórica um pouco mais ridícula, mas não se preocupe algo de lógico há de ficar. Permanece porque tem origem no amor, pois a vejo mais que a III Jornada de Filosofia, vi pessoas, em palavras. Fiz um “eu-isso” do amor que vivenciamos. Autoridade de outras palavras que conheci. Não, não se sinta enciumada, enamorei-me pela conjunção da tua obra.

      Ah! Meu amor, quão tola, talvez você esteja pensando, em toda sua magnitude, que eu possa ser. Pense em mim, com tolerância, como alguém que se embriaga. Pelos olhares, conceitos, sentimentos expressos por você nesta jornada que hora se finda e bêbeda, eternamente bêbeda por toda sua lucidez.

Com amor,
Por amor.

A todos os conferencistas na III Jornada de Filosofia. Tema: Filosofia e Literatura, nossos mais calorosos agradecimentos.

Ao
Prof. Giovanni Marques Santos que encerrou a nossa jornada como verdadeiro “padre casamenteiro” entre a Filosofia e a Literatura. Vivas! Professor Giovanni, o amor está no ar.

Ao Fábio, aluno do 2º Período de Filosofia,

HOJE O MUITO OBRIGADO É PARA VOCÊ.